Um dos maiores desafios atuais resulta da centralização das oportuni-dades, recursos e espaços nos grandes centros urbanos. Enquanto jovens, residentes numa vila, acreditamos que é preciso contrariar esta propensão de forma a ser possível potenciar o acesso aos mais diversos recursos sem a necessidade de viver nesses grandes centros. Percebemos que, no nosso Municí-pio, a descentralização é um fator prepon-derante na criação e inovação, mas acreditamos que é necessário continuar a melhorar e evoluir no sentido de construir um Concelho mais universal, equitativo e igual no acesso aos recursos disponíveis nos vários pontos do Concelho. Nas discussões que tivemos acerca da possibilidade de nos apresentarmos ao OPJ percebemos que uma intervenção em Roriz seria bastante profícua neste sentido, uma vez que, urge na nossa freguesia uma das melhores formas de dignificar o que concluímos. Roriz encontra-se num dos extremos do Concelho e com uma prox-imidade considerável com freguesias como Vila Nova do Campo (S. Martinho do Campo, S. Mamede de Negrelos e S. Salva-dor do Campo), S. Tomé de Negrelos bem como Vila das Aves, o que permite o acesso fácil, prático e rápido à nossa vila. Uma localização que traduz exatamente a necessidade de evidenciar, ainda mais, esta urgente descentralização de espaços. A nossa vila não é uma vila grande, mas é uma vila privilegiada na sua multipl-icidade de espaços verdes e nunca, como agora, foi tão imperativa a manutenção e boa gestão de espaços como estes. Foi nesta reflexão que vimos nascer a matriz principal que serviu de guião ao nosso projeto. Em Roriz há um espaço verde de utilização pública, o Parque de Lazer de Roriz. É um parque cuja área ronda os 28 mil metros quadrados, mas que infelizmente ainda não se encontra explorada na sua melhor forma. Foi aqui que nos propusemos a encontrar uma solução que garantisse rentabilizar o parque de forma a proporcio-nar a quem dele desfruta as melhores condições, mas sempre com a consciente preocupação de não descurar o elemento fundamental que o caracteriza, a sua abundante área verde. Concluímos que existem alguns pontos fulcrais: - É necessário requalificar os percursos pedestres que já existem no mesmo uma vez que não asseguram a segurança necessária a quem os utiliza sendo assim um ponto impreterível. - É também inegável a falta que um setor infantil faz ao nosso parque. As famílias não encontram uma alternativa que não seja deslocarem-se às freguesias vizinhas ou mesmo ao centro da cidade para que os seus filhos possam desfrutar de um parque infantil, ao ar livre. Vemos no nosso parque as ferramentas certas para a possibilidade de existir um. - O acesso ao exercício físico deve ser assegurado dos 6 aos 90. Hoje em dia, uma das melhores formas desenhadas para o garantir resultas das tão afamadas máquinas de street workout. Temos a certeza de que seriam uma aquisição fundamental e de ininterrupta utilização. É com isto que nos apresentamos ao Orçamento Participativo Jovem.